quarta-feira, 7 de março de 2018

Estação Ecológica Juréia Itatins - O que é?

A Estação Ecológica Juréia Itatins foi instituída em 1986 após um longo processo de mobilização da opinião pública em favor de sua preservação. Por três décadas, foi objeto de instrumentos legais que atendiam aos mais variados interesses, mas nem sempre aos de proteção ambiental.


Com uma área de 12.058 hectares, a Reserva Estadual dos Itatins cuida da preservação da Mata Atlântica no local. 


Boa parte da vegetação original foi destruída em áreas próximas ao litoral Sul de São Paulo, visto que não estavam em locais protegidos. A região da Serra da Juréia é um dos pontos, senão o ponto, mais preservado do litoral paulista! Devido ao alto grau de preservação em que se encontra, esta região possui 2/3 dos últimos 5% de cobertura vegetal primitiva que ainda resta no Estado de São Paulo, concentrando quase 40% de vegetação primitiva da área de todas as unidades de conservação do Estado. Há também uma grande planície aluvial onde, em vários locais afloram morros, sendo a Juréia o mais elevado deles. Este conjunto de ecossistemas, que permanece praticamente intocado ao longo dos 50 Km do litoral, mantendo todos os animais silvestres característicos e se apresenta como uma beleza indescritível.



A área de preservação ambiental circundante à estação abrange nessa região toda a bacia hidrográfica do Rio Una do Prelado. No local, habitam vários caiçaras que ainda preservam sua cultura, formas de produção e subsistência, com um conhecimento muito apurado da natureza. Sua densidade populacional é muito baixa e por isso sua presença não chega a interferir de forma destrutiva na natureza.

A ocupação humana na área remonta ao século XVIII, inicialmente por populações negras, indígenas e descendentes de europeus. No período de colonização, na busca por ouro, os portugueses usaram a Trilha do Imperador, que corre até hoje através da região conectando São Vicente e a Vila de Cananéia.


Mais tarde, a mesma trilha recebeu postes telegráficos, que eram usados para transmitir mensagens em Código Morse na época da Guerra do Paraguai, e que ficou conhecida como a Trilha do Telégrafo. Na linguagem tupi-guarani, Juréia significa ponto saliente (promontório) e Itatins, nariz de pedra (saliência rochosa).

RAZÕES PARA EXPLORAR A REGIÃO


A correria de nosso dia a dia nos faz adiar muitos planos, principalmente aqueles que demandam muito tempo. Quando dei início as pesquisas do local, percebi muitos pontos favoráveis! Primeiro, sua localização, já que está apenas a 200 km de minha casa e 140 km de São Paulo. O segundo motivo que nos inspirou a conhecer o lugar foi o que expus na pesquisa acima... sua natureza intocada de beleza impressionante! Praias, cachoeiras, mata atlântica e rotas datadas da época do império. Em terceiro lugar, descobri que em apenas um final de semana era possível conhecer boa parte dos atrativos. Mas, se houver mais tempo, não se preocupe! Há muitas atividades de exploração e treking para se fazer na cidade, basta pesquisar no wikiloc. Veja como foi nossa expedição:






terça-feira, 6 de março de 2018

CICLOPASSEIO - Guaraú - Cachoeira Paraíso - Barra do Una - 10/03/2018

PREPARATIVOS

1º Dia - Logística

  • Viagem:            Sorocaba a Peruíbe
  • Data viagem:    09/03/2018 
  • Distância:         197 km
  • Tempo (carro): 3h23
  • Combustível:    R$ 72,00
  • Pedágio:           R$ 00
  • Camping:         R$ 25,00 por pessoa

Partimos após um dia de trabalho, por isso, chegamos na cidade de Peruíbe às 22:30. 
  • Localização:          Peruíbe - SP


Seguimos até a praia do Guaraú a procura de um camping. 


O primeiro lugar que fomos ficava em frente ao mar mas, infelizmente, encontra-se abandonado. Retornamos para a avenida principal e entramos no primeiro camping que vimos. Ali não havia ninguém para nos atender. Seguimos então para nossa terceira opção, Camping Kojac. Assim que chegamos, fomos recebidos por uma moça que nos comunicou o preço de pernoite , R$ 25,00 por pessoa, e nos apresentou o local. Havia um gramado bem regular, com sistema de dreno, pontos de luz, cozinha e banheiro simples. Pagamos o pernoite e seguimos montar a barraca. 


Percebemos rapidamente que teríamos um pequeno inimigo natural: borrachudos, que passaram a nos atacar ferozmente. Infelizmente, quando entramos na barraca, fomos acompanhados por alguns, que nos fizeram 'companhia' durante a noite. 



PONTOS TURÍSTICOS
JURÉIA - ITATINS


2º Dia - Ciclopasseio

  • Viagem:            Peruíbe - Guaraú - Paraíso - Barra do Una
  • Data viagem:    10/03/2018 
  • Distância:         32 km
  • Tempo (bike):   5h00
Acordamos às 06h00 e seguimos para a praia, a fim de ver o sol nascer. Foi um grande momento, visto que paisagem e sol nos agraciaram com belíssimas imagens!









O único pequeno problema é que não sabíamos que os borrachudos acordam em polvorosa! Fomos extremamente atacados, em poucos segundos. 


A pior parte das picada são as marcas que deixam singelas coceiras por uns dois dias consecutivos... mas, isso é apenas um detalhe!

Voltamos para o camping para fazer nosso desjejum. 



Preparamos um café com leite e um lanche simples e nutritivo. 


Cozinha do camping


Na sequência, começamos a arrumar nossa bagagem para carregar nas bikes, visto que nosso objetivo é acampar novamente na próxima noite. 


O pernoite aqui saiu melhor que a encomenda! Antes de partir, conhecemos o dono do camping, Sr. Kojak, um senhor de estilo tranquilo e pacato. Nos contou um pouco sobre seu negócio, que mora aqui a quase 40 anos! Abriu o camping assim que veio do RJ, fugindo da loucura da cidade grande. Após nossa boa proza, perguntamos se era seguro deixarmos o carro ali na frente da pousada, ao que respondeu: "Porque vão deixar lá na frente se podem deixar aqui dentro?" Surpresos com sua resposta, perguntamos se não iria atrapalhar, ao que respondeu convicto: "São meus clientes como todos os outros, não vão atrapalhar!" Existem pessoas que têm um negócio e pessoas que vivem para o negócio... certamente o Sr. Kojak é a segunda opção!

Ao sair do camping, nos deparamos com a D. Dirce, uma senhora de 70 anos super animada! Após nos cumprimentar com um 'Bom diaa' super animado, iniciamos uma conversa. Nos contou um pouco sobre sua vida e até nos convidou para dormir em sua casa (Pode isso, Arnaldo?!). Infelizmente não foi dessa vez... mas, quem sabe na próxima dará certo!



Seguimos a fim de fazer as últimas fotos de hoje, na Praia do Guaraú. 



Voltamos a avenida principal e seguimos em direção a Estrada do Guaraú. 


Um rapazinho muito simpático e tagarela nos acompanhou por alguns metros. Perguntei a ele se podia fazer uma foto dele, para levarmos sua recordação. Olha o sorriso da pessoinha! 


Fico muito feliz por cruzar com tantas pessoas queridas num curto período de tempo... isso que eu chamo de 'SER BEM VINDO' a um lugar!

Já nos primeiros metros, passamos por uma ponte sobre uma pequena corredeiras d'água cristalina, demonstrando o que estaria por vir!



A seguir, uma placa nos informa que estávamos no destino certo!


A estradinha de terra é bem tranquila, pelo menos no sábado de manhã, com pouco movimento e rodeada de mata atlântica. Logo nos primeiros quilômetros passamos pelo IBIMM (Instituto de Biologia Marinha e Meio Ambiente), local onde são oferecidos cursos de biologia. Infelizmente não conseguimos entrar para conhecer.

Havia muitos buracos na estrada, por isso, quando passavam carros, andavam tão lentamente, que praticamente nos acompanhavam por alguns metros. Durante a última semana havia chovido bastante, por isso, não havia poeira e a vegetação estava verdinha e viçosa!




Uns quilômetros a frente passamos por mais uma placa indicando os locais que visitaríamos em breve. 



Uns 5 km após a Praia do Guaraú chegamos ao Perequê. Aqui há uma corredeira grande e a água é impressionantemente cristalina! Dá uma vontade imensa de entrar. Comento com o Filipe que amanhã, quando retornarmos, certamente faremos uma última parada aqui para nos refrescar! 



Bem ao lado da corredeira há um restaurante. 


O local é amplo e bem estruturado para refeições. Soube que uns metros atrás está localizada a cachoeira Freedow e o famoso Poção do Perequê, que infelizmente não conseguimos conhecer nesta viagem.  

Seguimos pedalando e contemplando, o silêncio e uma natureza magnífica! 



Passamos por outra placa informando que estamos na Estação Ecológica, de Juréia - Itatins. Certamente a conscientização, sobre sua conservação, deve ser um ponto alto para turistas que fazem sua visitação. 



Nessa estradinha há uma abundancia de água e lugares onde podemos nos refrescar, durante a pedalada. Moradores nos disseram que a água era potável. 


Sinceramente me surpreendi positivamente com a beleza da região. Acho que não esperava que fosse tão bela!


Logo a frente, chegamos ao Portal da Base Operacional do Perequê. 


Aqui fomos abordados por um guarda, na guarita, que nos questionou onde iríamos. Comento que temos a intenção de visitar a cachoeira Paraíso e, na sequência, Barra do Una. Por isso, ele nos explica que, embora a entrada a cachoeira seja gratuita, tem visita controlada. Pegamos a autorização e ingresso, caso contrário, não poderíamos visitar a cachoeira. 


Após recebermos os ingressos, partimos da estação em busca das próximas paisagens!



Os únicos barulhos que eram percebidos eram o canto de pássaros e das águas nas corredeiras.



Após uns 10 km, chegamos a um trevo. A direita está localizada a Cachoeira Paraíso e a esquerda a praia Barra do Una. 



Seguimos pela direita, já que nossa primeira parada era na cachoeira. Dali em diante a paisagem que já estava bonita ficou ainda mais! Haviam uma série de montanhas maravilhosas, do lado direito.



Um pouco antes de chegar na cachoeira passamos em frente a um camping. 


Estamos na período de Jaca! Onde passávamos os pés estavam carregados!



Após 15 km pedalados chegamos na famosa Cachoeira Paraíso!


Na entrada fomos abordados pelo monitor, para a entrega dos ingressos. Recebemos orientações sobre o local, coisas que podemos fazer e o que não devemos.

Tenho ótimas recordações daqui! Vim duas vezes e a primeira eu tinha uns 3 anos... mas ainda consigo me lembrar perfeitamente de como foi!



Uma dúvida que eu tinha, era quanto a ter comércio no local, visto que quando vim anteriormente não havia. Hoje há umas 5 opções de barracas com lanches e refeições. Para minha surpresa algumas tem até wifi!



Deixamos nossas bikes em frente a entrada, já que os monitores nos garantiram que era seguro. 


Seguimos para o interior da casa, onde há uma mostra de biologia explicando sobre a fauna e flora da região.



O local mudou muito, de quando vim. Agora, não é uma simples trilha e sim uma passarela, que nos leva até a cachoeira. 





Passamos por duas entradas. Na primeira, havia um poção bem interessante para banho mas decidimos seguir em frente. Na segunda entrada, chegamos a famosa cachoeira. Quando eu era criança, subíamos na parte mais alta e descíamos escorregando. Hoje a prática foi proibida, devido a alguns acidentes, alguns até fatal. Por isso, podemos aproveitar apenas a parte de baixo, o que já é mais que o suficiente!




A água estava perfeita! E, para nossa alegria, neste horário por aqui não havia 'amigos' borrachudos. Foi extremamente divertido. 



Apesar de termos o objetivo de gastar o mínimo possível, acabamos cedendo a tentação de comer um pastel e aproveitar o wifi, já que não sabíamos se haveria conexão na próxima parada. Gastamos R$ 20,00 em dois pastéis e 2 refris. 


Após um período bem aproveitado no local, seguimos em direção a Barra do Una. Ingressamos novamente em paisagens deslumbrantes! 




Faltando uns 6 km para chegar em Barra do Una fomos surpreendidos com uma subida que não estava em nosso script. Pelo wikiloc, não aparentava nada importante mas, na real, era um aclive bem acentuado! Como estávamos bem pesados, devido a tralha de camping, empurramos por praticamente toda a extensão. 


Após a primeira subida, havia mais um local para se refrescar. 


Continuamos subindo por mais alguns metros e logo fomos surpreendidos com uma bela vista!


Enquanto fazíamos a foto, fomos abordados por um senhor que nos convidou a descer e conhecer um camping que inaugurou recentemente. Inicialmente fomos bem resistentes,  pois estávamos convencidos dormir em Barra do Una. Mas, ele foi tão persuasivo, que acabamos descendo para conhecer o local. Fomos recebidos por dois cachorros não muito simpáticos e pelo proprietário. Aparentemente, não vi nada impressionante. Achei até que tínhamos perdido nosso tempo... mas ai, o senhor que nos havia convidado, novamente insistiu que conhecêssemos o local preferido dos campistas... a pedra. Acampar sobre a pedra? Sem compreender, fomos até lá conferir. A tal pedra camping, era aqui:


Ao subir, foi amor a primeira vista!



Rapidamente decidimos o que fazer e o resultado foi esse:




Decidimos conhecer Barra do Una no dia seguinte. Por hoje, ficaríamos aqui e curtiríamos só nós dois, os únicos campistas do local, uma praia praticamente particular e restrita a nós dois!



Após uma duas horas relaxando no mar, decidimos voltar ao acampamento. Novamente os 'borrachentos' apareceram famintos. No final da tarde já estava tão picada, que os membros mais afetados começaram a inchar. Após o banho, achei melhor tomar um anti-alérgico, que parece ter ajudado. Outra coisa, aliás, a única coisa que resolve aqui é o óleo de citronela. Aqui na pousada eles nos ensinaram a fazer. Basta adquirir a essência da citronela e misturar com o óleo mineral. Isso realmente funciona! Quando passávamos, tínhamos uma meia hora de trégua. Nem perca tempo de passar OFF ou algo parecido. Isso parece perfume, para os insetos.

Como em Barra do Una não há mercearias e ouvi dizer que as lanchonetes e restaurantes tem altos preços, decidimos levar a comida. Levei carne moída(uns 500grs), já refogada e congelada; 250 grs de macarrão parafuso; 1 molho de tomate; 1 creme de leite e caldo knor. Quando fui fazer o jantar, a carne já estava descongelada. Apenas misturei o molho e cozinhei o macarrão. Na pousada havia cerveja e refrigerante, ao custo de R$ 5,00 cada. Não levei o fogareiro, visto que na pousada que ficaríamos tinha cozinha. Gentilmente, o dono do camping nos permitiu usar o fogão da casa dele. Após pronto, seguimos com nosso jantar onde a barraca encontrava-se instalada, sobre a pedra, e jantamos a luz das estrelas! O céu estava maravilhoso, lamento não ter uma foto para demonstrar, já que meu celular não tem capacidade para isso. Ahh, lembra-se dos cachorros não muito amigáveis? Pois bem, consegui fazer amizade com os dois... mas a fêmea, dona Zica, ficou muito íntima comigo. Ela até decidiu ser a nossa cão de guarda, por esta noite. Aliás... olha ela ai!


Hoje conseguimos entrar na barraca, sem levar nenhum borrachudo conosco e, talvez pelo dia maravilhoso que vivemos, tivemos uma ótima noite de sono! Eu só tenho a agradecer... 

Gastos

  • Camping Guarau:      R$ 25,00 por pessoa
  • Pastel/Bebida:           R$ 20,00 (cachoeira paraíso)
  • Camping Mirante:     R$ 30,00 por pessoa
  • Bebidas:                    R$ 20,00 
  • Internet:                     R$ 05,00 
  • Total:                         R$ 155,00