O único pequeno problema é que não sabíamos que os borrachudos acordam em polvorosa! Fomos extremamente atacados, em poucos segundos.
A pior parte das picada são as marcas que deixam singelas coceiras por uns dois dias consecutivos... mas, isso é apenas um detalhe!
Voltamos para o camping para fazer nosso desjejum.
Preparamos um café com leite e um lanche simples e nutritivo.
Cozinha do camping
Na sequência, começamos a arrumar nossa bagagem para carregar nas bikes, visto que nosso objetivo é acampar novamente na próxima noite.
O pernoite aqui saiu melhor que a encomenda! Antes de partir, conhecemos o dono do camping, Sr. Kojak, um senhor de estilo tranquilo e pacato. Nos contou um pouco sobre seu negócio, que mora aqui a quase 40 anos! Abriu o camping assim que veio do RJ, fugindo da loucura da cidade grande. Após nossa boa proza, perguntamos se era seguro deixarmos o carro ali na frente da pousada, ao que respondeu: "Porque vão deixar lá na frente se podem deixar aqui dentro?" Surpresos com sua resposta, perguntamos se não iria atrapalhar, ao que respondeu convicto: "São meus clientes como todos os outros, não vão atrapalhar!" Existem pessoas que têm um negócio e pessoas que vivem para o negócio... certamente o Sr. Kojak é a segunda opção!
Ao sair do camping, nos deparamos com a D. Dirce, uma senhora de 70 anos super animada! Após nos cumprimentar com um 'Bom diaa' super animado, iniciamos uma conversa. Nos contou um pouco sobre sua vida e até nos convidou para dormir em sua casa (Pode isso, Arnaldo?!). Infelizmente não foi dessa vez... mas, quem sabe na próxima dará certo!
Seguimos a fim de fazer as últimas fotos de hoje, na Praia do Guaraú.
Voltamos a avenida principal e seguimos em direção a Estrada do Guaraú.
Um rapazinho muito simpático e tagarela nos acompanhou por alguns metros. Perguntei a ele se podia fazer uma foto dele, para levarmos sua recordação. Olha o sorriso da pessoinha!
Fico muito feliz por cruzar com tantas pessoas queridas num curto período de tempo... isso que eu chamo de 'SER BEM VINDO' a um lugar!
Já nos primeiros metros, passamos por uma ponte sobre uma pequena corredeiras d'água cristalina, demonstrando o que estaria por vir!
A seguir, uma placa nos informa que estávamos no destino certo!
A estradinha de terra é bem tranquila, pelo menos no sábado de manhã, com pouco movimento e rodeada de mata atlântica. Logo nos primeiros quilômetros passamos pelo IBIMM (Instituto de Biologia Marinha e Meio Ambiente), local onde são oferecidos cursos de biologia. Infelizmente não conseguimos entrar para conhecer.
Havia muitos buracos na estrada, por isso, quando passavam carros, andavam tão lentamente, que praticamente nos acompanhavam por alguns metros. Durante a última semana havia chovido bastante, por isso, não havia poeira e a vegetação estava verdinha e viçosa!
Uns quilômetros a frente passamos por mais uma placa indicando os locais que visitaríamos em breve.
Uns 5 km após a Praia do Guaraú chegamos ao Perequê. Aqui há uma corredeira grande e a água é impressionantemente cristalina! Dá uma vontade imensa de entrar. Comento com o Filipe que amanhã, quando retornarmos, certamente faremos uma última parada aqui para nos refrescar!
Bem ao lado da corredeira há um restaurante.
O local é amplo e bem estruturado para refeições. Soube que
uns metros atrás está localizada a cachoeira Freedow e o famoso Poção do
Perequê, que infelizmente não conseguimos conhecer nesta viagem.
Seguimos pedalando e contemplando, o silêncio e uma natureza magnífica!
Passamos por outra placa informando que estamos na Estação Ecológica, de Juréia - Itatins. Certamente a conscientização, sobre sua conservação, deve ser um ponto alto para turistas que fazem sua visitação.
Nessa estradinha há uma abundancia de água e lugares onde podemos nos refrescar, durante a pedalada. Moradores nos disseram que a água era potável.
Sinceramente me surpreendi positivamente com a beleza da região. Acho que não esperava que fosse tão bela!
Logo a frente, chegamos ao Portal da Base Operacional do Perequê.
Aqui fomos abordados por um guarda, na guarita, que nos questionou onde iríamos. Comento que temos a intenção de visitar a cachoeira Paraíso e, na sequência, Barra do Una. Por isso, ele nos explica que, embora a entrada a cachoeira seja gratuita, tem visita controlada. Pegamos a autorização e ingresso, caso contrário, não poderíamos visitar a cachoeira.
Após recebermos os ingressos, partimos da estação em busca das próximas paisagens!
Os únicos barulhos que eram percebidos eram o canto de pássaros e das águas nas corredeiras.
Após uns 10 km, chegamos a um trevo. A direita está localizada a Cachoeira Paraíso e a esquerda a praia Barra do Una.
Seguimos pela direita, já que nossa primeira parada era na cachoeira. Dali em diante a paisagem que já estava bonita ficou ainda mais! Haviam uma série de montanhas maravilhosas, do lado direito.
Um pouco antes de chegar na cachoeira passamos em frente a um camping.
Estamos na período de Jaca! Onde passávamos os pés estavam carregados!
Após 15 km pedalados chegamos na famosa Cachoeira Paraíso!
Na entrada fomos abordados pelo monitor, para a entrega dos ingressos. Recebemos orientações sobre o local, coisas que podemos fazer e o que não devemos.
Tenho ótimas recordações daqui! Vim duas vezes e a primeira eu tinha uns 3 anos... mas ainda consigo me lembrar perfeitamente de como foi!
Uma dúvida que eu tinha, era quanto a ter comércio no local, visto que quando vim anteriormente não havia. Hoje há umas 5 opções de barracas com lanches e refeições. Para minha surpresa algumas tem até wifi!
Deixamos nossas bikes em frente a entrada, já que os monitores nos garantiram que era seguro.
Seguimos para o interior da casa, onde há uma mostra de biologia explicando sobre a fauna e flora da região.
O local mudou muito, de quando vim. Agora, não é uma simples trilha e sim uma passarela, que nos leva até a cachoeira.
Passamos por duas entradas. Na primeira, havia um poção bem interessante para banho mas decidimos seguir em frente. Na segunda entrada, chegamos a famosa cachoeira. Quando eu era criança, subíamos na parte mais alta e descíamos escorregando. Hoje a prática foi proibida, devido a alguns acidentes, alguns até fatal. Por isso, podemos aproveitar apenas a parte de baixo, o que já é mais que o suficiente!
A água estava perfeita! E, para nossa alegria, neste horário por aqui não havia 'amigos' borrachudos. Foi extremamente divertido.
Apesar de termos o objetivo de gastar o mínimo possível, acabamos cedendo a tentação de comer um pastel e aproveitar o wifi, já que não sabíamos se haveria conexão na próxima parada. Gastamos R$ 20,00 em dois pastéis e 2 refris.
Após um período bem aproveitado no local, seguimos em direção a Barra do Una. Ingressamos novamente em paisagens deslumbrantes!
Faltando uns 6 km para chegar em Barra do Una fomos surpreendidos com uma subida que não estava em nosso script. Pelo wikiloc, não aparentava nada importante mas, na real, era um aclive bem acentuado! Como estávamos bem pesados, devido a tralha de camping, empurramos por praticamente toda a extensão.
Após a primeira subida, havia mais um local para se refrescar.
Continuamos subindo por mais alguns metros e logo fomos surpreendidos com uma bela vista!
Enquanto fazíamos a foto, fomos abordados por um senhor que nos convidou a descer e conhecer um camping que inaugurou recentemente. Inicialmente fomos bem resistentes, pois estávamos convencidos dormir em Barra do Una. Mas, ele foi tão persuasivo, que acabamos descendo para conhecer o local. Fomos recebidos por dois cachorros não muito simpáticos e pelo proprietário. Aparentemente, não vi nada impressionante. Achei até que tínhamos perdido nosso tempo... mas ai, o senhor que nos havia convidado, novamente insistiu que conhecêssemos o local preferido dos campistas... a pedra. Acampar sobre a pedra? Sem compreender, fomos até lá conferir. A tal pedra camping, era aqui:
Ao subir, foi amor a primeira vista!
Rapidamente decidimos o que fazer e o resultado foi esse:
Decidimos conhecer Barra do Una no dia seguinte. Por hoje, ficaríamos aqui e curtiríamos só nós dois, os únicos campistas do local, uma praia praticamente particular e restrita a nós dois!
Após uma duas horas relaxando no mar, decidimos voltar ao acampamento. Novamente os 'borrachentos' apareceram famintos. No final da tarde já estava tão picada, que os membros mais afetados começaram a inchar. Após o banho, achei melhor tomar um anti-alérgico, que parece ter ajudado. Outra coisa, aliás, a única coisa que resolve aqui é o óleo de citronela. Aqui na pousada eles nos ensinaram a fazer. Basta adquirir a essência da citronela e misturar com o óleo mineral. Isso realmente funciona! Quando passávamos, tínhamos uma meia hora de trégua. Nem perca tempo de passar OFF ou algo parecido. Isso parece perfume, para os insetos.
Como em Barra do Una não há mercearias e ouvi dizer que as lanchonetes e restaurantes tem altos preços, decidimos levar a comida. Levei carne moída(uns 500grs), já refogada e congelada; 250 grs de macarrão parafuso; 1 molho de tomate; 1 creme de leite e caldo knor. Quando fui fazer o jantar, a carne já estava descongelada. Apenas misturei o molho e cozinhei o macarrão. Na pousada havia cerveja e refrigerante, ao custo de R$ 5,00 cada. Não levei o fogareiro, visto que na pousada que ficaríamos tinha cozinha. Gentilmente, o dono do camping nos permitiu usar o fogão da casa dele. Após pronto, seguimos com nosso jantar onde a barraca encontrava-se instalada, sobre a pedra, e jantamos a luz das estrelas! O céu estava maravilhoso, lamento não ter uma foto para demonstrar, já que meu celular não tem capacidade para isso. Ahh, lembra-se dos cachorros não muito amigáveis? Pois bem, consegui fazer amizade com os dois... mas a fêmea, dona Zica, ficou muito íntima comigo. Ela até decidiu ser a nossa cão de guarda, por esta noite. Aliás... olha ela ai!
